Precificar os honorários na prática clínica não é uma tarefa simples.
Muitas pessoas profissionais de psicologia acabam definindo seus valores com base no que acham que o mercado aceita ou no que acreditam ser “justo”, sem considerar aspectos essenciais como custos, metas financeiras e o valor real do serviço que oferecem.
O resultado? Uma série de problemas que vão desde insegurança ao falar o preço até dificuldades financeiras que comprometem o futuro da própria prática.
Neste artigo, vamos explorar 7 sinais de que sua precificação talvez esteja errada, ajudando você a identificar pontos de atenção e a tomar decisões mais estratégicas para valorizar seu trabalho e construir uma prática sustentável.
1. Você sente dificuldade em fechar novos pacientes
Sempre que menciona seus honorários, percebe hesitação ou evasão por parte de quem se interessa pelos seus serviços? Isso pode ser um sinal de desalinhamento entre seu preço e a percepção de valor do seu serviço.
2. Você está atendendo mais do que consegue lidar
Para compensar um preço baixo, você encheu a agenda, atende mais de oito pessoas a maioria dos dias e passa os fins de semana colocando a documentação em dia. Pode não parecer, mas esse ritmo em um médio ou longo prazo pode te levar ao esgotamento, tanto físico quanto mental.
3. Seus custos não estão sendo cobertos
Ao final do mês, você percebe que o que entra não é suficiente para pagar aluguel, ferramentas, supervisão, terapia pessoal, livros e outros gastos fixos. Se der qualquer imprevisto em um mês, já é o suficiente para deixar alguma conta para o próximo.
4. Você se sente desconfortável ao falar o preço
Se mencionar seus honorários gera insegurança ou um “frio na barriga”, talvez você mesma não esteja confiante no valor que estabeleceu. No começo da prática, ainda é normal sentir esse nervoso, mas, conforme o tempo passa, a segurança precisa vir junto.
5. Você não consegue guardar dinheiro ou investir
Sua precificação atual não permite criar uma reserva de emergência ou investir no seu crescimento profissional, como cursos, congressos e especializações. Até mesmo investir em uma assistente ou software que otimize suas atividades administrativas.
6. Reajustar os valores parece impossível
A diferença entre o que você cobra e o ideal é tão grande que qualquer tentativa de aumento parece inviável ou arriscada.
7. Você compara seus valores com outras profissionais e sente que está fora do mercado
Embora seja muito difícil falar sobre dinheiro entre profissionais de saúde e bem-estar, às vezes rola essa conversa. E quando rola, seja cobrando muito abaixo ou muito acima, isso pode estar afastando pacientes que realmente se alinham à sua prática.